Duarte Nogueira se reúne com Gaeco para discutir ressarcimentos de corrupção
Gaeco aponta que prefeitura deve adotar medidas cíveis para acelerar processo
Um dia após a prefeitura de Ribeirão Preto se manifestar apresentando medidas para que os cofres do município comecem a ser ressarcidos dos prejuízos envolvendo possíveis fraudes em licitações, investigadas pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Operação Sevandija, o prefeito Duarte Nogueira (PSDB) se reuniu com os promotores do caso, nesta sexta-feira, 3.
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Em reunião, em nome do município, Nogueira solicitou acesso aos dados dos processos e investigações da Sevandija. O Gaeco informou que irá disponibilizar as provas levantadas até o momento para que a cidade tome medidas cíveis para acelerar os reembolsos do dinheiro e bens bloqueados pela Justiça em razão da operação, caso haja condenações.
Os promotores do Ministério Público Estadual apontaram que medidas urgentes devam ser tomadas, como a reintegração da Fazenda São Luiz do Inhacundá, em Cajuru, que teria sido adquirida pela ex-advogada Maria Zuely Librandi com dinheiro que seria irregular, após possível pagamento de propina para integrantes da última gestão, entre elas a ex-prefeita Dárcy Vera. Atualmente, a fazenda está ocupada por movimento social.
De acordo com a força-tarefa da Sevandija, foram apreendidos 68 imóveis, 66 veículos e mais de R$ 33 milhões em dinheiro, além de cabeças de gado, maquinário agrícola, obras de arte, artefatos de luxo, dentre outros.
Foto: Rubens Okamoto/Prefeitura Ribeirão Preto