Jornalista é citado em perícia de celular de Marcelo Plastino
Repórter do Jornal A Cidade teria recebido R$ 2 mil por mês; veículo dispensou o jornalista
Na perícia feita pela Polícia Federal no celular do empresário Marcelo Plastino, morto em novembro de 2016, um jornalista teria sido “comprado” com pagamentos realizados mensalmente. O jornalista foi dispensado na manhã desta sexta-feira, 8, pelo veículo que trabalhava, para poder se defender.
Leia mais:
Perícia em celular de Plastino diz que Dárcy recebeu mais de R$ 1 milhão
O relatório cita o jornalista Wesley Alcântara, do Jornal A Cidade, que supostamente teria recebido R$ 2 mil por mês, como uma espécie de “compra” do profissional. Segundo o jornal, Alcântara nega “veementemente qualquer tipo de envolvimento com o caso”.
Em nota publicada pelo jornal em seu portal de notícias nesta sexta-feira, 8, o diretor do veículo, Josué Suzuki, afirma que a decisão do afastamento do profissional é em “nome da transparência” que o veículo busca praticar, e que consideram que a suspeita é grave e que por isso é necessária a “apuração rigorosa”.
Confira o comunicado assinado por Suzuki:
“Tomamos ciência de que o nome de nosso repórter é citado em uma planilha do empresário Marcelo Plastino. Em nome da transparência que sempre pregamos e buscamos praticar editorialmente, defendemos que as suspeições que se depreendem destes registros são graves e pedem apuração rigorosa. Não queremos nem podemos fazer o pré-julgamento do repórter. Até prova em contrário, todos são inocentes. Mas comunicamos que, diante da gravidade das possíveis ilações a partir destas citações, Wesley Alcântara foi dispensado. Até para que ele possa se defender e esclarecer os fatos. Com isso, pretendemos mostrar nossa isenção editorial e nossa postura frontalmente contrária a qualquer tentativa de manipulação da imprensa. O que importa, neste caso e em todos os outros, é que a verdade venha à tona e prevaleça. É ao lado dela que estaremos”.
Foto: Ibraim Leão