Sevandija: testemunha aponta grande influência de empresário em políticos
Agente da Polícia Federal prestou depoimento nessa terça, 25, no Fórum de Ribeirão Preto
No segundo dia de audiências para depoimentos de testemunhas arroladas pelo Ministério Público, na Operação Sevandija, o agente da Polícia Federal Luiz Alécio Janones afirmou que funcionários da Coderp chamavam o empresário Marcelo Plastino de “chefe” e que o ex-superintendente da autarquia e ex-secretário de Administração de Ribeirão Preto, Marco Antonio dos Santos, era quem de fato mandava em outras secretarias.
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Janones depôs nessa terça-feira, 25, no Fórum de Ribeirão Preto, e também foi questionado pelos advogados de defesa dos investigados. O agente afirmou que foi constatado que Marcelo Plastino, proprietário da empresa Atmosphera, era próximo dos políticos que costumavam marcar encontros pela cidade, inclusive na própria Câmara Municipal.
“Era um esquema vantajoso para todos. Para os vereadores e secretários que angariavam poder político, e para Plastino, que se beneficiava financeiramente e tinha uma ampla rede de influência”, afirmou durante o depoimento.
A proximidade do empresário era tão grande que as funcionárias da Coderp, até chamavam o empresário de “chefe”.
Ele ainda afirmou que o empresário contava com o advogado Sandro Rovani para “perpetuação de seus interesses na prefeitura”. O agente acredita que o advogado poderia ser a ponte com o prefeito que fosse eleito para o mandato seguinte ao de Dárcy Vera.
Audiências
O Ministério Público pediu dispensa de outra testemunha, o também agente da PF Roni Pires, para adiantar as oitivas. Na quinta-feira, 27, serão ouvidos Dulcineia Abonísio Godói, Carmem Lúcia Gouveia Zeoti, Rosemeire Buosi, e Renato Gomes, cujo os depoimentos estavam marcados para esta terça. Já na quarta, 26, a agenda de audiência vai se manter como previamente marcada.
Foto: Leonardo Santos
