Maria Zuely diz que teve a intenção de realizar delação premiada
"Me sinto injustiçada. Vejo Wagner mentindo e solto e eu lá em Tremembé. Esse dinheiro é meu, paguei imposto sobre ele", disse

Maria Zuely diz que teve a intenção de realizar delação premiada

Em depoimento nesta terça-feira, 5, a advogada se diz inocente das acusações e criticou Wagner Rodrigues

Em continuidade ao depoimento prestado na semana passada, nesta terça-feira, 5, a advogada Maria Zuely Librandi, investigada na Operação Sevandija por supostamente pagar propina para agentes públicos para liberação de honorários advocatícios, afirmou que teve intenção de realizar delação premiada, embora diga que não cometeu crime algum.

Maria Zuely depôs no Fórum no período da tarde, logo após a ex-prefeita de Ribeirão Preto Dárcy Vera. Ela negou que tenha pago R$ 5 milhões em propina para a ex-prefeita e voltou a dizer os valores repassados a ela não passaram de empréstimos.

"Se eu tivesse repassado R$ 5 milhões para ela vocês teriam visto nas ligações, porque no momento que fui monitorada eu estava brava, com um descontentamento muito grande, que pode ter certeza que eu teria falado" afirmou Maria Zuely, que justificou os grandes saques bancários que realizava com o argumento de que usava o dinheiro para pagar os funcionários que trabalhavam na obra da fazenda em Cajuru.

"Eu não vivia em função de Dárcy Vera. Eu tinha outros compromissos com meus funcionários", explicou a advogada, que admitiu que utilizava o carro da prefeitura para ir ao banco para realizar essas operações pessoais. Questionada pelo promotor Frederico de Camargo se a atitude era correta, ela disse que não importava.

Sobre ter dito que tinha a intenção de realizar delação premiada, Zuely contou que a negociação com o Gaeco não foi adiante porque a de Wagner Rodrigues veio à tona. Entretanto, ela se diz inocente das acusações. "Me sinto injustiçada. Vejo o Wagner mentindo e solto e eu lá em Tremembé. Esse dinheiro é meu, paguei imposto sobre ele", declarou.

Ela também manteve a versão de que foi alvo de extorsão pelo ex-presidente do Sindicato Municipal de Servidores, Wagner Rodrigues.

"A única coisa que errei nesta situação foi ter dado cheque na mão do Wagner, porque eu até imaginava que ele iria pegar algo para ele, não tudo", afirmou a advogada que trabalhou para o Sindicato na causa dos 28,35%.


Foto: Arquivo Revide

Compartilhar: