Sevandija: presidente de Sindicato pede afastamento para se defender
Sevandija: presidente de Sindicato pede afastamento para se defender

Sevandija: presidente de Sindicato pede afastamento para se defender

Wagner Rodrigues pretende se dedicar em defesa da Sevandija; Sindicato dos Servidores anuncia dispensa de Sandro Rovani

O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Wagner Rodrigues, derrotado nas eleições municipais do último domingo, 2, e que é relacionado nas investigações da Operação Sevandija, pediu licença do cargo durante o período em que as investigações prosseguirem.

Com a licença do cargo, que ocupa desde 2004, Rodrigues pretende se dedicar em sua defesa contra as acusações de que ele teria feito parte do esquema, já que a advogada Maria Zuely teria afirmado em depoimento que pagou para ele poder aceitar o acordo. Rodrigues aponta que o afastamento é voluntário e que contribui para manter em pleno funcionamento a atividade sindical para qual a atual diretoria foi eleita e empossada.

O acordo foi definido em 2012 por meio de um termo de aditivo entre o sindicato e a advogada, em que a entidade abriria mão do pagamento de parte dos créditos dos servidores com a diminuição dos juros de 6% ao ano para 3% ao ano, que o Gaeco aponta que seria em “benefício” de Maria Zuely, mesmo anteriormente ter se negado a realizar os pagamentos por apontar que a advogada era funcionária do sindicato quando a ação teve início, e que por isso não teria direito aos honorários, e classificou o processo como uma manobra política dentro do sindicato.

Na ocasião, o termo aditado levantou suspeita do promotor da Cidadania de Ribeirão Preto, Sebastião Sérgio da Silveira, e foi instaurado um inquérito civil sobre o caso para apuração de irregularidades no acordo. O promotor considerou que o valor pago à advogada seria maior que a parcela descontada das folhas de pagamentos dos servidores, e que os cálculos para os pagamentos estariam equivocados, além da não notificação dos servidores de que os pagamentos seriam feitos a Zuely.

No dia 6 de setembro, a Polícia Federal e o Gaeco realizaram um mandado de busca e apreensão na sede do sindicato para recolher as atas referentes a esse acordo, e no mesmo dia, convocou Wagner Rodrigues para prestar depoimento sobre o caso na Polícia Federal.

Quando do depoimento, Rodrigues afirmou que o acordo havia sido homologado na Justiça. "Já estava no Supremo, a advogada tem direito a honorários, não dá para julgar. O papel do sindicato foi fazer assembleia para aprovarem. A partir daí, o pagamento é feito diretamente entre prefeitura e profissional", disse.

Dispensa de Rovani

Além disso, em nota publicada pelo Sindicato, também é informado que o contrato de prestação de serviços que a entidade mantinha com o escritório de advocacia de Sandro Rovani da Silveira Neto, que é investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Polícia Federal, foi rescindido.


Foto: Arquivo Revide

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