Câmara vota nova regulamentação para feiras itinerantes em Ribeirão
Câmara vota nova regulamentação para feiras itinerantes em Ribeirão

Câmara vota nova regulamentação para feiras itinerantes em Ribeirão

Autor do projeto alega ser necessário “proteger o lojista” de Ribeirão Preto, mas garante que não haverá proibição

A Câmara de Ribeirão Preto vota nesta terça-feira, 11, lei que visa regulamentar a realização de feiras itinerantes no município. O autor da proposta defende que as mudanças protegerão os consumidores, principalmente os comerciantes, que, instalados em um local físico durante todo o ano, arcam com impostos e geram empregos para o município.

O projeto de Lei Complementar 45/2017, do vereador Rodrigo Simões (PDT), presidente da Casa, quer a regulamentação das feiras itinerantes e revoga legislação já vigente, de 2015, considerada por ele não tão eficiente na proteção dos lojistas ribeirãopretanos. O foco é nas feiras que têm caráter comercial.

Entre as mudanças propostas estão a limitação de sete dias para o funcionamento de uma feira itinerante, a obrigatoriedade a feiras ditas artesanais da exposição e comercialização de produtos feitos de maneira caseira e manual, não podendo ter passado por processo de industrialização e permitindo que as empresas promotoras destas feiras realizem um evento do tipo apenas a cada 180 dias - além da obrigatoriedade de emissão de nota fiscal eletrônica.

A legislação, porém, não considera feiras promovidas por entidades filantrópicas, sem fins lucrativos, desde que ofereçam produtos doados por terceiros e que tenham a renda revertida para outros projetos.

“É moralizar a realização destas feiras em Ribeirão Preto e respeitar o lojista que gera emprego, muitas vezes paga aluguel, e que paga imposto. Precisamos proteger essas pessoas que contribuem para a economia da cidade. Muitas vezes, feiras oportunistas só vêm para lucrar e vendem produtos de baixa qualidade. Não é uma proibição, mas uma forma de garantir que sejam melhor realizadas e possam contribuir e proteger os nossos lojistas”, defende o presidente, autor do projeto.

A proposta foi um pedido da Associação Comercial e Industrial (Acirp), que alega que a realização das feiras itinerantes prejudica o comércio local na maioria das vezes e não promove arrecadação de renda para o município.

“As feiras itinerantes acabam sendo um problema para o comércio local, sendo ele no Centro ou nos outros locais da cidade. Elas são passageiras, não geram empregos e não trazem receita para o município. Tudo isso desestimula e prejudica os comerciantes locais, que são aqueles que realmente produzem receita e, principalmente, geram empregos”, aponta a associação em nota.


Foto: Arquivo Revide

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