Câmara vota projeto que regulamenta Organizações Sociais na gestão da saúde
Câmara vota projeto que regulamenta Organizações Sociais na gestão da saúde

Câmara vota projeto que regulamenta Organizações Sociais na gestão da saúde

Projeto prevê que as OS’s atuem na gestão da Saúde, Assistência Social e Cultura

A Câmara Municipal de Ribeirão Preto vota nesta terça-feira, 8, o projeto 144/2017, que qualifica entidades sem fins lucrativos como Organização Social (OS), permitindo a contratação pelo município para que prestem serviços nas áreas da Saúde, Assistência Social e Cultura. Caso aprovada, a lei permitirá o município assinar acordos de gestão com as OS’s.

Segundo os secretários de governo, Nicanor Lopes e Sandro Scarpelini, que esclareceram o projeto para vereadores, na última segunda-feira, 7, a criação das OS’s é necessária, já que o Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado (TCE) questionaram o modelo de contratação de médicos e prestadores de serviço na Fundação Santa Lydia. 

De acordo com os secretários, a OS permitiria que a Fundação prosseguisse na contratação dos profissionais, facilitando a fiscalização dos órgãos, inclusive do município, já que o projeto prevê que essas organizações publiquem os resultados no Diário Oficial do Município.

A lei enviada ao Legislativo diz que o contrato de Gestão deve estipular limites objetivos e metas e prazos para execução destas pretensões, mas permitirá o município avaliar o desempenho nos acordos, mediante indicadores de qualidade e produtividade. Os acordos poderão valer por no máximo dois anos, período que poderá ser avaliado pelo município, podendo ser renovado.

O modelo das OS’s já é regularizado no País desde 1998, e é mais comumente utilizado justamente no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do qual o governo que define os serviços que devem ser prestados e os indicadores de qualidade a que serão cobrados.

Porém, o projeto é questionado por um grupo de servidores do município, da Conlutas, que afirma que as OS’s podem precarizar a contratação de funcionários, numa espécie de privatização do serviço público.


Foto: Newton Barbosa

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