Conselho de Ética discutirá citação de vereadores em celular de Plastino
Reunião ocorre após conclusão de perícia que cita vereadores da atual legislatura

Conselho de Ética discutirá citação de vereadores em celular de Plastino

Parlamentares da Casa se reunirão com departamento jurídico para avaliar situação

O Conselho de Ética da Câmara de Ribeirão Preto se reúne com o departamento jurídico da Casa nesta terça-feira, 11, para analisar os cenários referentes aos nomes de vereadores da atual legislatura que são citados em relatório de perícia da Polícia Federal no celular do empresário Marcelo Plastino, morto em 2016.

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O documento da Polícia Federal cita que dois vereadores da atual legislatura teriam falsificado folhas de ponto quando eram contratados como terceirizados pela Atmosphera, empresa de Plastino. São eles Adauto Marmita (PR) e Ariovaldo de Souza (PTB), o Dadinho. Também constam os nomes de Jean Corauci (PDT), que receberia da Atmosphera sem trabalhar, Rodrigo Simões (PDT), que receberia pagamentos de Plastino, assim como Maurício Gasparini (PSDB), e Alessandro Maraca (PMDB), que teria feito indicações de funcionários para a terceirizada.

O presidente do Conselho, o vereador Lincoln Fernandes (PDT), disse que a reunião foi convocada para discutir junto com o departamento jurídico da Câmara todos os cenários sobre as informações divulgadas.

As citações

Na última semana, a Polícia Federal concluiu o relatório da perícia realizada no celular de Marcelo Plastino, apreendido após o suicídio do empresário em novembro de 2016. Entre as informações levantadas, estão os nomes de vereadores da atual legislatura, que teriam recebido dinheiro do empresário ou são suspeitos de terem fraudado folhas de ponto.

O vereador Dadinho, apontado como tendo falsificado as folhas ponto, diz que atuava em um projeto social dando aulas de judô para crianças, e nega a acusação, pois atendia os menores por meio de um projeto social, assim como Marmita, que diz que o ponto era fiscalizado pela Coderp. Enquanto isso, Corauci diz que a informação não tem procedência, e que desconhece a origem da afirmativa. Maraca nega que tenha feito indicações e lembra que não teria como fazê-las, pois não era vereador no período referido da atuação da Atmosphera na Coderp.

Simões é citado como recebedor de pagamentos de R$ 5 mil por mês, nega que tenha tido contato com o empresário e diz que não há conversas dele com o empresário. Já Gasparini diz que o irmão encontrou com Plastino para conversar sobre doações de campanha, porém deixou de ser procurado pelo empresário quando disse que apenas aceitaria doações legais que seriam registradas na prestação de contas.

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Foto: Allan S.Riberio/Câmara RP

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