Moradores de Sertãozinho defendem vereador investigado pela Polícia
Defesa de vereador de Sertãozinho diz que ele sofre perseguição política

Moradores de Sertãozinho defendem vereador investigado pela Polícia

Até uma petição foi criada pedindo a volta do vereador, que fez acordo para devolver dinheiro aos cofres da Câmara de Sertãozinho

Moradores de Sertãozinho criaram petição contra cassação de vereador acusado de uso indevido de verbas públicas. A petição online já tem mais de 130 assinaturas favoráveis ao vereador Antônio César Peghini (PMDB), também conhecido como Cesinha, que teve o mandato cassado em sessão extraordinária da Câmara, na última terça-feira, 14.

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A petição pede a revisão da cassação do mandato e a reintegração dele ao cargo na Câmara Municipal, que ainda alega que Peghini sofre perseguição política. O advogado Rogério Miguel e Silva, que defendeu o vereador cassado na Câmara, afirma que a cassação é um absurdo, de acordo com ele, e que foi motivada pela postura de Cesinha.

“É um vereador bastante atuante. E a situação já estava armada antes da votação, porque ele incomodava muito o governo. A Câmara vai perder muito”, comentou o advogado, que já afirmou que recorrerá da decisão.

Até o momento, 135 pessoas assinaram a petição, e em algumas justificativas, os apoiadores do vereador cassado dizem que o vereador sofre perseguição, além de dizer que ele era atuante na Casa.

“[...] em razão dos vícios de consciência dos Vereadores, das inúmeras irregularidades procedimentais existentes e da total ausência de provas de qualquer infração ética por parte do Vereador Antonio César Peghini, pedimos às autoridades competentes a revisão de sua Cassação e sua reintegração ao cargo de Vereador [...]”, diz o texto que convoca para a petição.

O caso

A Polícia Civil de Sertãozinho também investiga o caso e indiciou Peghini por peculato de documento falso. O mandado foi cassado por 14 votos a dois dos vereadores da Câmara de Sertãozinho – a Câmara conta com 17 parlamentares -, que consideraram que ele utilizou o dinheiro em benefício próprio.

Peghini foi denunciado por receber R$ 3,8 mil de ressarcimento sobre almoços em viagens realizadas para São Paulo, que fez durante seis meses ao longo do ano de 2015. De acordo com a Polícia Civil, ele teria pegado notas de estabelecimentos que não serviam refeições, e sim, vendiam comida in natura, no Mercado Municipal da Capital.

Alguns dos valores ressarcidos a Cesinha foram de R$ 500 por um almoço. O vereador argumenta que viajou para a Capital acompanhado de policiais militares que participariam de solenidades na Academia do Barro Branco, e de assessores, por isso os altos valores.

Em razão disso, ele chegou a firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), junto ao Ministério Público de São Paulo (MP), para devolver os valores aos cofres da Câmara do Município.

 


Foto: divulgação

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