Nogueira apoia nota do PSDB em repúdio à fala de Eduardo Bolsonaro
Prefeito de Ribeirão Preto repudiou veementemente fala de Eduardo Bolsonaro sobre a volta do AI-5

Nogueira apoia nota do PSDB em repúdio à fala de Eduardo Bolsonaro

Partido declarou que não restam dúvidas das "intenções autoritárias" do filho do presidente da República

O prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), apoiou o posicionamento do partido que criticou uma fala do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL).

Bolsonaro declarou que uma resposta a possível "radicalização da esquerda" poderia se dar via um novo Ato Institucional número 5, o AI-5.

Por meio de nota, o PSDB declarou que não restam dúvidas das "intenções autoritárias" do filho do presidente da república. 

Confira a nota do PSDB:

"Parece que não restam mais dúvidas sobre as intenções autoritárias de quem não suporta viver em uma sociedade livre.   

Preferem a coerção ao livre debate de ideias. Escolhem a intolerância ao diálogo. Ameaçar a democracia é jogar o Brasil novamente nas trevas.   

O PSDB, que nasceu na luta pela volta da democracia no Brasil, condena de maneira veemente as declarações do filho do presidente da República".

Quem assina a mensagem é o presidente nacional do partido, o deputado federal Bruno Araújo. Questionado, o prefeito Duarte Nogueira endossou o posicionamento da legenda. 

"O prefeito Duarte Nogueira se soma ao posicionamento público de todos que repudiam veementemente essa visão que não se coaduna com a maturidade da democracia brasileira", informou a assessoria de Nogueira por meio de nota. 

Eduardo e o AI-5

O AI-5 foi decretado pelo presidente general Artur da Costa e Silva, em 1968. Com ele, Costa e Silva determinou o "recesso" do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas, até segunda ordem. Também foram suspensos os direitos políticos e de habeas corpus, proibição de manifestação de natureza política, supressão do direito de ir e vir, entre outros.

Em uma entrevista, Eduardo Bolsonaro declarou que uma resposta a uma possível "radicalização da esquerda", poderia se dar via uma medida semelhante.

"Tudo é culpa do Bolsonaro. Fogo na Amazônia – que sempre ocorre. Eu já morei lá em Rondônia, sei como é –, 'culpa do Bolsonaro'. Óleo no nordeste, 'culpa do Bolsonaro'. Daqui a pouco vai passar esse óleo, tudo vai ficar limpo. Vai vir uma outra coisa, 'culpa do Bolsonaro'. Se a esquerda se radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E a resposta ela pode ser via um novo AI-5", disse o deputado.


Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / Arquivo Revide

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