Residentes reivindicam pela qualidade da formação e verbas para a saúde

Residentes reivindicam pela qualidade da formação e verbas para a saúde

Protesto realizado no HC, em Ribeirão Preto, durou 24 horas

Aconteceu nesta quinta-feira, 24, uma paralisação entre os médicos residentes do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, reivindicando qualidade da formação e verbas para a saúde. O movimento é nacional e luta ainda contra cortes nas verbas para o Sistema Único de Saúde (SUS). A paralisação terminou no mesmo dia.

Com cerca de 50 médicos, a concentração começou em frente ao Hospital das Clínicas e da Santa Casa a partir das 10h. O grupo entregou informes esclarecendo a população sobre o papel dos médicos residentes no cuidado à saúde das pessoas e alertando os funcionários dos hospitais para medidas que devem ser adotadas para melhorar as condições da formação.

No período da tarde, por volta das 13h os residentes se encontraram na Praça XV de Novembro, e a partir das 14h o grupo realizou uma passeata até o prédio da Secretaria de Estado da Saúde localizado no bairro Campos Elíseos.

Além dos médicos residentes do HC, participaram da paralisação também os da Santa Casa de Misericórdia.

Segundo o médico residente e presidente da Associação dos Médicos Residentes de Ribeirão Preto(AMERERP), Vinícius Campos de Molla, o movimento nacional de ações é pela luta pela valorização da residência médica como modalidade padrão na formação de especialistas em medicina. “O que certamente impacta na melhoria da qualidade da assistência à população brasileira no SUS que queremos,” destaca.

Além do objetivo principal pela paralisação, outros oito assuntos estão em destaque no movimento. Como o levantamento dos cortes orçamentários e suspensão destes em todos os serviços (hospitais e unidades básicas de saúde) em que atuam médicos residentes; plano de carreira e de valorização para os médicos preceptores, com inclusão de remuneração adequada, desenvolvimento continuado e tempo exclusivo para atividades didáticas; plano de carreira nacional para médicos do SUS com garantia de remuneração adequada, progressão de carreira, desenvolvimento profissional e educação continuada; e fim imediato da carência de 10 meses para que médicos residentes possam usufruir de seus direitos junto ao INSS.

O movimento nacional dos médicos residentes é também apoiado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que em ofício manifesta que considera legítimas as reivindicações da Associação Nacional dos Médicos Residentes, as quais estão em pleno acordo com as normas do País, e manifesta o seu apoio pela valorização da residência médica em todo o território nacional.

Revide Online
Laura Scarpelini
Fotos: Divulgação

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