Bacalhau em Ribeirão está até 12% mais em conta na Páscoa deste ano
Com dólar mais barato, produto vê o preço caindo, mas frieza nas vendas também ajudam na estabilização dos preços
Na última semana antes da Páscoa, comemorada no próximo domingo, 16, os preços dos produtos mais consumidos nesta época do ano não sofreram alto reajuste na comparação com 2016. Alguns itens, como o bacalhau, ficaram até mais baratos. Para entidades ligadas ao comércio, isso é reflexo do mercado ainda frio.
De acordo com a Pesquisa Produtos Páscoa 2017, da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), a variação dos preços praticados no comércio ribeirãopretano neste ano é de 3,62%, bem abaixo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2016, levando em consideração a inflação oficial do País ao longo do último ano.
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O principal responsável pela baixa nos preços é o valor cobrado pelo bacalhau, que está 12,83% mais barato neste ano por causa da estabilização do Real frente ao Dólar - já que este é um produto predominantemente importado, e no período pré-Páscoa em 2016 a moeda norte-americana bateu R$ 3,80, enquanto no início deste ano está estabilizada em R$ 3,14, segundo a cotação desta terça-feira, 11. O preço médio do bacalhau no comércio de Ribeirão Preto neste ano é de R$ 38,30.
Porém, outro fator tem feito com que os preços não subam em 2017: o desânimo do consumidor. De acordo com levantamento da própria Acirp, divulgado na última semana, 50,7% dos consumidores não pretendem fazer compras especialmente para a Páscoa neste ano, obrigando as lojas a apelarem para promoções para chamar a atenção.
Isso influenciou os preços dos ovos de chocolate sem brinde, que ficaram 5,1% mais caros, ainda abaixo da inflação, com preço médio de R$ 39,03. Já os ovos com brinde ficaram um pouco mais caros, em média 12%, praticamente o dobro da inflação de 2016, com o valor médio de R$ 34,13 por produto.
Procon alerta por diferença nos preços
Na semana passada, o Procon constatou que há diferença de preços de um mesmo produto de até 60%. Entre os ovos de chocolate, a maior diferença de preço constatada foi de 55,99%. O órgão orienta que o consumidor faça uma comparação entre os preços praticados pelos estabelecimentos e também considere a relação qualidade, peso e preço do item a ser adquirido.
Foto: Wikpédia – creative commons 3.0
