Após decisão do STF, vereador questiona gabinetes que ficarão vazios em novo prédio
Câmara aguarda perícia do Ministério Público para dar prosseguimento no projeto

Após decisão do STF, vereador questiona gabinetes que ficarão vazios em novo prédio

Otoniel Lima aponta que vereadores que autorizaram construção do prédio anexo foram irresponsáveis

O presidente da Câmara de Ribeirão Preto, Rodrigo Simões (PDT) afirmou que independente da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de permitir a diminuição no número de vereadores na Casa, o prédio anexo – construído com a intenção de abrigar o novo número de parlamentares – será entregue. Mas, tem vereador que aponta que gabinetes podem ficar sem uso.

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Simões declarou que uma situação não influencia a outra, e que aguarda o resultado de uma perícia do Ministério Público, que recebeu o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a obra, para dar prosseguimento no projeto.“Vamos concluir independentemente do número de vereadores que vamos abrigar”, disse o vereador.

Porém, Otoniel Lima (PRB), que presidiu a CPI, questionou o que será feito do espaço, já que foi projetado para abrigar os 27 gabinetes.“Não entendi isso até agora. A própria Câmara que contestou a decisão do Tribunal para que o número de vereadores fosse mantido em 22, é a mesma Câmara que autorizou a construção do Anexo para 27 vereadores. Quer dizer que foram R$ 6 milhões jogados fora. O que vai ser feito com esses cinco gabinetes que ficarão vazios?”, comentou Lima.

Para ele, a decisão da legislatura anterior, foi precipitada a autorizar a construção do Anexo, que no momento está sendo investigada pela Polícia Civil. Foram empregados R$ 6,9 milhões na construção do prédio, porém, a construtora responsável pela obra, requer um aditivo para concluir. O processo segue em segredo de justiça.

Adequar os 27

Na decisão do ministro Dias Toffoli, ficou determinado que a Câmara Municipal possa escolher a quantidade de vereadores que a Casa abriga, desde que seja respeitado o número mínimo, de nove cadeiras.

Questionado sobre a possibilidade de ser proposta uma nova emenda para adequar a lei orgânica do município ao número atual de 27 vereadores, Simões disse que ainda é cedo para se discutir o assunto, além de apontar que a sociedade deverá ser ouvida, antes que qualquer projeto tenha andamento.

 


Foto: julio sian

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