Câmara aprova proposta de pagamento dos 28% apresentada pela Prefeitura

Câmara aprova proposta de pagamento dos 28% apresentada pela Prefeitura

Sessão foi tumultuada, mas vereadores aprovaram proposta por 15 a 10

A Câmara Municipal de Ribeirão Preto aprovou a proposta de pagamento dos 28,35% dos servidores prejudicados pelo Plano Collor, na sessão desta terça-feira, 30. Com a proposta aceita, a prefeitura terá 44 meses para parcelar os pagamentos, que estavam suspensos desde fevereiro para cálculo, pedido pela administração municipal.

Os servidores beneficiários da recomposição da perda salarial estiveram na Câmara e fizeram pressão para que os vereadores votassem contra a proposta, porém, o projeto, que só entrou na pauta da Câmara em regime de emergência, após passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), já no fim da tarde desta terça-feira, foi aprovado por 15 a 10.

Uma mulher xingou os vereadores por terem aprovado o projeto, e os chamou de “sanguessugas”. O presidente da Casa, Rodrigo Simões (PDT) cogitou a chamar a guarda para retirá-la. “A manifestação é livre e democrática, mas sem ofender qualquer um vereador ou vereadora aqui dentro”, disse.

O vereador Marinho Sampaio (PMDB) disse que o governo municipal não abriu espaço para o diálogo. “Não sei o conteúdo das emendas, mas em respeito a essa casa e em autoria a cada vereador, voto favorável, mas com tristeza, o governo em nenhum momento dialogou. Bateu os pés. O governo não vai mexer, eles não abriram a brecha”, disse Sampaio.

Outro vereador que se mostrou contrário a votação, Luciano Mega (PDT), disse que os servidores foram “lesados”. Já Boni (Rede), que votou contrário à proposta, disse que os servidores deveriam aceitá-la, embora seja contrário, por ela ter passado pela votação.

“Cuidado com quem quer fazer política com vocês. Eu votei não, mas sou contra as pessoas subirem aqui e falarem olhando para o próprio umbigo. E olhando para o próprio umbigo não vamos chegar a lugar algum. Jogaram algo aqui dentro que não é de nossa competência”, disse Boni, lembrando que a antiga proposta dos 28% foi aprovada na Câmara em 2008.

Já Renato Zucoloto (PP) afirmou que o texto substitutivo apresentado pela CCJ tinha emendas para melhorar o que foi apresentado pela prefeitura aos servidores beneficiários. “Ressalva cada servidor o direito de entrar em juízo para postular perdas e danos, contra quem quer que seja. Tenho absolta certeza que o prefeito não vetará. Embora vocês digam que eu não ajudei em nada, quando vocês procurarem seus advogados, vocês vão ver que ajudei vocês”, afirmou Zucoloto, que disse que tratou de mudanças junto ao município.

 


Foto: divulgação

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