Advogados de defesa pedem perícia sobre valores apontados pelo Gaeco na Sevandija
Defesa dos réus da operação querem uma avaliação sobre valores apontados pela promotoria
A defesa dos réus da Operação Sevandija no processo referente ao pagamento de honorários advocatícios dos 28,35% pediram a justiça a definição de um perito para avaliar qual o suposto valor que teria sido desviado e que é apurado nesta instrução penal.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público aponta que teriam sido desviados R$ 11 milhões, já que os cálculos do valor devido a advogada Maria Zuely Librandi, vencedora da causa, teriam sido elevados de R$ 58 milhões para R$ 69 milhões.
As defesas dos acusados da ação apontam que o laudo pericial é parcial, já que foi realizado pelo CAEX, órgão interno do Gaeco. Eles solicitaram a justiça uma perícia judicial, que seria imparcial.
O advogado Júlio Mossin, que no caso defende o também advogado Sandro Rovani, que seria o intermediário do esquema, aponta que as testemunhas ouvidas até o momento não “explanaram de forma devida” quais seriam esses valores, e que as provas também não são contundentes, de acordo com ele.
Neste processo, respondem a ex-prefeita de Ribeirão Preto Dárcy Vera, o ex-secretário de Administração e ex-superintendente da Coderp e Daerp Marco Antonio dos Santos, o ex-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Wagner Rodrigues, e os advogados Sandro Rovani, André Hentz e Maria Zuely Librandi, que de acordo com denúncia do Gaeco, pagaria propina para os agentes públicos para liberação dos recursos. A defesa dela diz que Maria Zuely teria sofrido chantagem para fazer os pagamentos.
Na última quarta-feira, 25, em depoimento no Fórum de Ribeirão Preto, Sandro Rovani, que também responde no caso Atmosphera-Coderp, disse que a lista encontrada no escritório dele, que descreve como funcionaria a repartição do dinheiro, teria sido plantada após a deflagração da Sevandija.
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Foto: Arquivo Revide