Gaeco encaminha nova denúncia contra Dárcy Vera
Darcy é acusada de fraudes em licitação, peculato e corrupção ativa
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), encaminhou na última segunda-feira, 17, mais uma denúncia contra a ex-prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera. Dessa vez, as acusações são no âmbito Operação Sevandija, pelo “núcleo da terceirização de mão-de-obra entre a Coderp e a empresa Atmosphera.
Essa é a terceira denúncia contra a ex-prefeita, que já foi condenada em primeiro grau no “núcleo dos honorários” a uma pena de 18 anos de reclusão e responde a processo por crime de lavagem de dinheiro. A defesa de Dárcy informou que ainda não tomou conhecimento da denúncia.
Segundo o Gaeco entre os anos de 2012 e 2016 Darcy teria chefiado uma organização criminosa responsável por fraudes licitatórias
Os contratos fraudados teriam possibilitado o desvio de dinheiro público em benefício da organização criminosa, bem como financiaram a “compra” de apoio político à prefeita na Câmara Municipal, mediante a corrupção de vereadores através da contratação de “apadrinhados”, pela empresa Atmosphera, para ocuparem os postos de serviço terceirizados
A nova denúncia atribui à ex-prefeita a prática de crimes de organização criminosa, dispensa indevida de licitação, fraude à licitação, peculato e corrupção ativa, cujas penas, somadas, podem chegar a 41 anos de prisão. A denúncia será analisada pela justiça.
A Operação Sevandija, deflagrada em setembro de 2016, já resultou em sete fases e doze ações penais, contra 49 pessoas, incluindo ex-prefeita, ex-secretários municipais, ex-superintendente da Coderp, ex-vereadores, funcionários públicos, advogados e empresários. Foram bloqueados R$ 246 milhões, 208 veículos e 127 imóveis. Vinte e cinco réus já foram condenados em primeira instância pelo poder judiciário.
Em liberdade
A ex-prefeita de Ribeirão Preto teve um pedido de habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no dia 5 de dezembro de 2019. Desde então, ela está em liberdade
O ministro Rogerio Schietti atendeu ao pedido da defesa e concedeu um habeas corpus referente ao processo dos honorários advocatícios. Além de Dárcy Vera, foram beneficiados o ex-secretário de Administração de Ribeirão Preto Marco Antonio dos Santos, o advogado Sandro Rovani e a advogada Maria Zuely Librandi.
Dárcy foi condenada a cumprir 18 anos e nove meses de reclusão, com toda a pena a ser cumprida, inicialmente, em regime fechado. A condenação é referente a investigações da Operação Sevandija, deflagrada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal em 1 de setembro de 2016. Além de cinco anos de prisão no caso da Stock Car.
Foto: Arquivo Revide