Justiça manda soltar Wagner Rodrigues, preso preventivamente na Operação Sevandija
Defesa alega que ex-sindicalista pertence ao grupo de risco da Covid-19 e corria risco
A Justiça mandou soltar o ex-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Wagner Rodrigues. A prisão preventiva foi revogada na última sexta-feira, 10, pelo juiz Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira.
Rodrigues foi preso em abril de 2019, após ter a delação premiada revogada pela Justiça. O benefício da delação fez com que Rodrigues fosse condenado a 11 anos de prisão em regime aberto pela 4ª Vara Criminal de Ribeirão.
Contudo, de acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ao longo das investigações, Wagner mentiu sobre a dimensão da quantia que teria recebido no esquema e também detalhes sobre o destino do dinheiro. O ex-sindicalista é acusado pelo Gaeco de participar de um esquema de lavagem de dinheiro, mas ele nega que tenha feito a lavagem de valores recebido.
A defesa de Rodrigues argumentou que, por possuir hipertensão, ele pertence ao grupo de risco da Covid-19 e correria risco se permanecesse preso.
"Neste contexto, considerando a excepcional situação vivenciada no país; a suspensão das audiências presenciais de maior complexidade, o fato de já ter decorrido mais de um ano de sua prisão cautelar sem que houvesse sido iniciada a instrução do processo, então, para evitar qualquer constrangimento ilegal, entendo que é caso de revogação da prisão preventiva, com imposição de medidas cautelares", escreveu o juiz.
Apesar de ter a prisão preventiva revogada, Rodrigues deverá cumprir uma série de exigências da Justiça. Entre elas, não poderá se ausentar de Ribeirão Preto sem prévia autorização judicial. E também está impedido de sair do País. Ademais, ele não pode manter contato com outros envolvidos na Operação Sevandija e deverá permanecer em casa durante às 20h e 6h.
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Foto: Acervo Revide
