Luchesi afirma que investigados da Sevandija foram escolhidos a dedo
Ex-secretário da Casa Civil prestou depoimento nesta terça-feira, 7, no Fórum de Ribeirão Preto

Luchesi afirma que investigados da Sevandija foram escolhidos a dedo

Em depoimento longo, de mais de quatro horas, Layr Luchesi disse que nunca recebeu propina ou teve qualquer ingerência na Coderp

O ex-secretário da Casa Civil de Ribeirão Preto, Layr Luchesi Jr., disse em depoimento nesta terça-feira, 7, que está sendo perseguido por ser político. Luchesi afirmou que os brasileiros que estão envolvidos neste meio estão sofrendo acusações simplesmente por exercerem funções públicas e não em razão dos atos cometidos.

O acusado declarou por diversas vezes ao longo do depoimento que os investigados foram escolhidos a dedo pelo Ministério Público, já que tinham mais chances de vitória nas eleições municipais. "Em toda localidade praticar política virou crime. Eu não traí a minha cidade. Política não é crime. Eu não aceito ser criminalizado", disse em depoimento.

Luchesi ainda falou que nunca teve nenhuma proposta para receber propina do empresário Marcelo Plastino, proprietário da Atmosphera, que prestava serviços para a Coderp na terceirização de funcionários para órgãos públicos.

"Eu o enxotaria da minha sala se ele me oferecesse qualquer real. Nesses relatórios que falam que recebi propina, que Plastino teria anotado na nota de R$ 2,00, não batem com a realidade. Se ele fez isso, foi um monte de loucuras", declarou o ex-secretário, que disse ainda que sempre foi bem tratado pelo empresário, e por isso, acredita que ele não seria coagido a receber nenhuma proposta.

Embora em diversos momentos ele tenha acusado a denúncia do Ministério Público de ser parcial, o ex-secretário da Casa Civil tentou acalmar o clima e disse que busca a verdade, assim como os promotores. Sobre as declarações de Luchesi, a promotoria disse que as acusações são infundadas.

Nesta terça, ainda irá depor o ex-superintendente da Coderp, Davi Cury. Já o ex-vereador Cícero Gomes, que também seria ouvido, teve o depoimento transferido para o dia 23 de novembro.


Foto: Viviane Mendes / Câmara Municipal

Compartilhar: