Com modificações, Câmara aprova criação de agência reguladora

Com modificações, Câmara aprova criação de agência reguladora

Foram 40 emendas apresentadas pela CCJ, que promete agência reguladora “mais enxuta” em Ribeirão Preto

A Câmara Municipal de Ribeirão Preto aprovou, na noite de quinta-feira, 3, o projeto de lei 34/2017, que cria a Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Ribeirão Preto (Arserp). Só que o texto final aprovado pelos vereadores sofreu muitas alterações em comparação com o que foi enviado pelo Executivo para a casa: foram anexadas 40 emendas.

Entre as emendas aprovadas, estão a que limita a criação de apenas dois cargos comissionados, e não cinco como consta no projeto original, outra que obriga que os indicados pelas funções sejam sabatinados pelos parlamentares e uma emenda que propõe que os servidores municipais que forem “emprestados” ao novo órgão sejam remunerados a partir do cargo que o funcionário já exerce.

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Além disso, foram adicionadas subemendas, como a da modicidade tarifária, que pode diminuir a tarifa quando o serviço prestado concedido tiver um superávit, além de outra que corta o trecho do projeto original que permitia à agência contratar pessoal técnico como temporário.

“Não quero cometer uma ilação contra a atual administração, mas a cidade ainda está traumatizada com o escândalo Coderp – Atmosphera”, justificou o vereador Marcos Papa (Rede), em referência a um dos crimes investigados na Sevandija, que ele acredita que possa ser evitado.

Marcos Papa disse que as alterações propostas pelos vereadores são necessárias para que a agência foque em apenas regular e fiscalizar os serviços ligados ao saneamento básico, razão que motivou a criação da Arserp em função da legislação federal.

De acordo com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Isaac Antunes (PR), as emendas ao projeto permitem que a agência reguladora seja “mais enxuta” do que o projeto apresentado, que previa um orçamento anual de R$ 893 mil. Com as alterações, ele deve ser reduzido para aproximadamente R$ 200 mil.

“Nós chegamos à conclusão de que esse projeto não seria de grande valia no atual momento. Concluímos que se deve criar uma agência mais enxuta, focada apenas no saneamento básico, e não em um guarda-chuva que engloba todos os serviços concedidos pelo município”, afirmou Isaac.

O texto aprovado na Câmara ainda precisa ser sancionado pelo prefeito Duarte Nogueira (PSDB). Caso ele vete as emendas, o projeto será extinto e precisará ser discutido novamente, já que o veto não restaura o projeto original enviado pela administração municipal.


Foto: Aline Pereira/Câmara Ribeirão Preto

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