Gaeco denuncia Dárcy Vera e ex-marido por ocultação de patrimônio em Ribeirão Preto
Segundo promotores, parte da verba foi utilizada na reforma da casa da ex-prefeita

Gaeco denuncia Dárcy Vera e ex-marido por ocultação de patrimônio em Ribeirão Preto

Segundo promotores, Dárcy teria ocultado e lavado uma quantia de R$ 1,6 milhão obtida por meio de vantagem indevida

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de São Paulo denunciou a ex-prefeita Dárcy Vera e o ex-marido Mandrison Cerqueira pelo crime de ocultação de patrimônio. A denúncia foi encaminhada à 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto nesta segunda-feira, 4.

Segundo o Gaeco, Dárcy teria ocultado e lavado uma quantia de R$ 1,6 milhão obtida por meio de vantagem indevida em crimes investigados no âmbito da Operação Sevandija. Desse total, R$ 533 mil foram direcionados para a reforma da casa da ex-prefeita, no bairro Ribeirania. 

A obra teria sido custeada com dinheiro vivo de propina, utilizando transações paralelas para, ao final, realizar novas reformas no imóvel, sem, com isso, revelar a origem do dinheiro. 

Além disso, as investigações constataram que R$ 190 mil foram pulverizados em várias contas com a finalidade de despistar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Procurada, a advogada de Dárcy Vera afirma que ainda não teve acesso à denúncia. 

O Gaeco revelou, ainda, que R$ 810 mil teriam passado pelas contas bancárias de Mandrison Felix de Almeida Cerqueira, ex-marido de Dárcy.

Segundo a acusação, Mandrison foi denunciado por lavagem de dinheiro por disponibilizar suas contas bancárias para que parte da propina destinada à Dárcy fosse pulverizada com depósitos fragmentados, com a finalidade de despistar os dispositivos de inteligência financeira.

O Gaeco também denunciou que o homem forte da ex-prefeita, o ex-secretário Marco Antônio dos Santos, teria ocultado outros R$ 140 mil em cheques por meio do pagamento de advogados de Dárcy.

A pedido dos promotores, a Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias e de bens dos denunciados, dentre os quais a casa reformada de Dárcy  e terrenos que Mandrison possui em um loteamento industrial.

Dárcy e Marco Antônio continuam presos, mas em razão do processo criminal relacionado à fraude honorários. Como medida cautelar, determinada neste caso, Mandrison deverá entregar o  passaporte e não poderá se ausentar da cidade sem autorização judicial. Os denunciados ficarão sujeitos às penas de 3 a 10 anos por cada crime de lavagem.

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Foto: Arquivo Revide

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