Depoimento de ex-presidente do sindicato dos Servidores, investigado na Sevandija, é adiado
Wagner Rodrigues é delator no caso em que a ex-prefeita Dárcy Vera é investigada como favorecida por propinas

Depoimento de ex-presidente do sindicato dos Servidores, investigado na Sevandija, é adiado

O depoimento de Wagner Rodrigues estava marcado para esta segunda-feira, 13, porém, defesas de outros réus pediram o adiamento “para evitar surpresas”

O depoimento do ex-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Wagner Rodrigues, que estava programado para esta segunda-feira, 13, foi adiado a pedido das defesas dos outros corréus investigados na Operação Sevandija. Foi apresentado um requerimento dos advogados pedindo mais tempo para análise de novas provas juntadas ao processo.

Os advogados de defesa afirmam que precisam ter acesso ao inquérito “para não ter surpresas”, e que por isso, as audiências de depoimentos do caso dos honorários advocatícios, que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) aponta que tenha pagamento de propina para liberação do dinheiro, devam ser adiadas.

Neste processo respondem, além de Rodrigues, a ex-prefeita Dárcy Vera, o ex-secretário de Administração Marco Antonio dos Santos, e os advogados Maria Zuely Librandi, Sandro Rovani – todos presos preventivamente – e André Hentz - que responde em liberdade.

O depoimento do advogado Sandro Rovani, também investigado neste processo, estava marcado para terça-feira, 14, e também foi adiado. O depoimento de Wagner foi transferido para o dia 20 de novembro, e de Rovani para o dia 24.

As defesas apontam que é preciso que o Gaeco conclua a investigação da destinação e quantificação do dinheiro que teria sido desviado, de acordo com a denúncia. Porém, esse processo ainda está em curso. “A lavagem de dinheiro é um crime autônomo. Podem surgir outras pessoas que não são investigadas, por isso os depoimentos deveriam ter começado”, defendeu o promotor Frederico de Camargo, do Gaeco.

Entretanto, os outros advogados apontaram que é necessário que a delação de Rodrigues seja findada para que não surjam novas versões após os depoimentos, o que colocaria em cheque a credibilidade da colaboração premiada. O advogado de Wagner Rodrigues, Daniel Rondi, afirmou que o cliente está disponível para prestar esclarecimentos a justiça, ao Ministério Público e as defesas dos outros corréus em qualquer momento que for requisitado.


Foto: Arquivo Revide

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