Investigado na Sevandija, Walter Gomes prestará exame da OAB
Primeira fase da prova da Ordem dos Advogados do Brasil está marcada para o dia 18 de novembro

Investigado na Sevandija, Walter Gomes prestará exame da OAB

O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto foi autorizado pela Justiça a realizar a prova

O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto Walter Gomes, que é um dos investigados na Operação Sevandija, será um dos candidatos que prestará a prova de inserção na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A primeira fase da prova será aplicada no próximo dia 18 de novembro.

O ex-vereador, que está solto após passar mais de 1 ano e 8 meses detido em prisão preventiva, teve aceita a solicitação para prestar a prova pela 4ª Vara Criminal. Ele é formado e Direito, e em razão disso, está apto em prestar a prova. Walter Gomes foi preso após a deflagração da Operação Eclipse, um dos braços da Sevandija.

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O advogado que defende o ex-vereador, Julio Mossin, afirma que o ele tem interesse em ingressar na área jurídica. “Primeiro, ele tem de passar na OAB. Obviamente, se ele está prestando, ele tem algum intento na área jurídica. Agora, em relação a qualquer problema que possa a vir ocorrer, só vai ser verificado se há ou não caso ele ingresse nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil. Ele não tem nenhum impeditivo para prestar a prova, por isso, inclusive, eu postulei”, disse.

Porém, caso seja aprovado no exame da OAB, Walter Gomes pode ter um empecilho para se inscrever na Ordem. Advogados ouvidos pela reportagem apontam que a admissão do ex-vereador pode ser questionada.

“Ele pode, sim, prestar o exame de ordem. Qualquer pessoa que tenha o bacharelado pode prestar o exame, mas, se ele for aprovado e for fazer inscrição, qualquer pessoa poderá pedir instauração do procedimento de ausência de condições para fazer a inscrição no tocante da idoneidade moral, pelo artigo 8º, inciso 6º do estatuto da OAB. Isso não confunde com condenação criminal transitada em julgado, que é uma outra questão, que também pode ser atribuída. Como ele não tem nenhuma condenação, alguém pode arguir a ausência de idoneidade moral. Será instaurado um procedimento na OAB, em que ele terá direito de ampla defesa e contraditório”, comenta o advogado Alexandre Silveira.


Foto: Arquivo Revide

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